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GEOTURISMO

O geoturismo pode ser definido como o turismo ecológico com informações e atrativos geológicos. Abrange a descrição de monumentos naturais, parques geológicos, afloramentos de rocha, cachoeiras, cavernas, sítios fossilíferos, paisagens, fontes termais, minas desativadas e outros pontos ou sítios de interesse geológico.

 

Atividades turísticas ligadas ao patrimônio geológico já ocorrem há muito tempo, porém, o termo “geoturismo” passou a ser amplamente divulgado na Europa após ser definido pelo pesquisador inglês Thomas Hose, em 1995, em uma revista de interesse ambiental. De acordo com esse autor, o geoturismo é “a provisão de serviços e facilidades interpretativos que permita aos turistas adquirirem conhecimento e entendimento da geologia e geomorfologia de um sítio (incluindo sua contribuição para o desenvolvimento das ciências da Terra), além de mera apreciação estética”.

 

Em 2000, o mesmo autor faz uma revisão no conceito de geoturismo, passando a utilizar o termo para designar “a provisão de facilidades interpretativas e serviços para promover o valor e os benefícios sociais de lugares e materiais geológicos e geomorfológicos e assegurar sua conservação, para uso de estudantes, turistas e outras pessoas com interesse recreativo ou de lazer”. Recentemente, RUCHKYS (2007), com base nas definições da EMBRATUR (1994) para segmentos de turismo específicos e em definições preexistentes, caracterizou o geoturismo como sendo “um segmento da atividade turística que tem o patrimônio geológico como seu principal atrativo e busca sua proteção por meio da conservação de seus recursos e da sensibilização do turista, utilizando, para isto, a interpretação deste patrimônio tornando-o acessível ao público leigo, além de promover a sua divulgação e o desenvolvimento das ciências da Terra”.

 

Todavia, nem todas as definições de geoturismo estão diretamente relacionadas a temas geológicos. Por exemplo, em 2001, a National Geographic Society (NGS), em conjunto com a Travel Industry Association (TIA), dos EUA, realizou o estudo denominado “The Geoturism Study”, sobre os há- bitos turísticos dos norte-americanos (STUEVE et al., 2002). O estudo define geoturismo como “o turismo que mantém ou reforça as principais características geográficas de um lugar – seu ambiente, cultura, estética, patrimônio e o bemestar dos seus residentes”. Buckley (2003) também assume a definição de geoturismo da mesma forma que NGS e TIA, entretanto, relacionando-a ao ecoturismo (NASCIMENTO et al, 2008:148, in SILVA et al, 2008).

O intemperismo

O intemperismo, também chamado de meteorização, pode ser entendido como a transformação de um material mineral original pela ação física ou química das forças exógenas. A água da chuva e as reações químicas, as mudanças de temperatura, o gelo, a ação biológica e outros fatores fragmentam as rochas, gerando a rocha alterada. Assim, a estrutura das rochas é modificada pela lenta ação de fatores externos, desagregando seus minerais. Esses fatores atuam sobre os pontos de fraqueza das rochas.

As áreas mais altas do relevo são exportadoras de sedimentos para as áreas mais baixas. Os sedimentos resultantes do desgaste das rochas que estão localizadas em áreas elevadas são transportados para as áreas receptoras onde são depositados. Por isso, em geral, os solos mais profundos localizam-se em áreas que recebem os sedimentos, enquanto os solos mais rasos estão localizados nas áreas mais altas.

O intemperismo é dividido em dois tipos: o intemperismo químico e o intemperismo físico.

O  intemperismo físico refere-se às mudanças na estrutura rochosa por elementos que agem de forma mecânica. As mudanças são causadas pelas diferenças de temperatura durante variados períodos de tempo, pela ação do crescimento das raízes das plantas que “abrem espaço” pelas fissuras do material rochoso à medida que se vão se desenvolvendo; pela incrustação de sais; pelo congelamento da água.

Essa constante mudança de temperatura, o crescimento das raízes das plantas, a incrustação de sais e o congelamento da água “quebram” as rochas pela ação das forças de pressão, formando linhas de fraqueza chamadas diáclases.

“Quando a ação (física ou bioquímica) de organismos vivos ou da matéria orgânica proveniente de sua decomposição participa do processo, o intemperismo é chamado de físico-biológico ou químico-biológico” (TEIXEIRA et al, 2000:141).

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SMITHSONIAN NATIONAL MUSEUM OF NATURAL HISTORY

http://naturalhistory.si.edu/VT3/

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DINÂMICA

Nos dicionários, em geral, a palavra dinâmica está relacionada ao movimento dos corpos e é definida como: “[Física] Ramo da mecânica que trata do movimento dos corpos sob a influência de forças”. Esta definição é muito importante para entendermos a ideia de dinâmica nas Geociências ou Ciências que estudam a Terra, entre elas a Geografia, pois nos ajuda a compreender que a Terra é um sistema natural ativo e que a natureza está sempre em movimento, embora, para muitas pessoas, ela possa parecer estática.

TERREMOTOS

Os frequentes terremotos em países como o Japão, a Turquia e o Chile, por exemplo, e as erupções vulcânicas que tanto temor têm causado em países como a Islândia, a Indonésia e a Itália, evidenciam que o planeta Terra é um corpo natural em constante transformação.

 

As catástrofes socioeconômicas que resultam da ação das forças endógenas evidenciam também que, embora seja possível prever com alguma antecedência alguns eventos, como terremotos e erupções vulcânicas, utilizando-se de instrumentos modernos de medição como os sismógrafos, e, por isso, atenuar os prejuízos financeiros e diminuir o número de mortes, o homem não tem controle sobre fenômenos relacionados à dinâmica interna do planeta Terra.

SISMÓGRAFOS

“Sismógrafo: aparelho mecânico ou elétrico destinado a captar e registrar ondas sísmicas” (ART, H. W., 1998, p. 487).

PLANEJANDO

Conhecer o funcionamento das forças endógenas e compreender a forma como essas forças podem influenciar a vida humana pode contribuir para o planejamento da ocupação do solo nas áreas de maior atividade endogenética, minimizando catástrofes e impactos ambientais e socioeconômicos que possam ser causados.

Contudo, o conhecimento sobre a dinâmica interna do planeta Terra não se restringe à necessidade de se estabelecer medidas preventivas em relação aos efeitos de terremotos, vulcanismos, tremores e outros eventos, mas também ao fato de ser utilizado em benefício direto de populações humanas, como, por exemplo, no caso do aproveitamento da energia geotérmica

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“Geotérmico: termo relativo ao calor interno da Terra” (ART, H.W., 1998:263).

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Há três tipos de movimentos entre as placas tectônicas:

Nas áreas onde as placas apresentam movimento em sentidos opostos (oeste-leste), como, por exemplo, no caso das Placas Sul-Americana e Africana, tem-se limites divergentes.

Os limites convergentes são formados nas áreas em que as placas tectônicas apresentam movimento de colisão. Nessas áreas, há o surgimento de grandes cadeias montanhosas, como os Andes e o Himalaia.

Nos limites conservativos, as placas movimentam-se paralelamente (uma ao lado da outra), sem que ocorra surgimento ou desaparecimento de crosta. Esse tipo de limite ocorre na conhecida Falha de San Andreas.

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GEOCONSERVAÇÃO

BIBLIOGRAFIA

AB’SÁBER, A. N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

ACIESP (1997). Glossário de ecologia. 2. ed.,  n. 103.

ART, H. W. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T (Orgs.). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.

FREITAS JUNIOR, G. Estrutura e Dinâmica da Terra e da Água. Editora da Universidade de Taubaté - UNITAU. Livro-texto.

LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de textos, 2002.

LUFT, C. P. Minidicionário Luft. Ática. São Paulo, 2002.

REBOUÇAS, A. C. et al. (Orgs.). Águas doces no Brasil. Capital ecológico, uso e conservação. 2. ed. São Paulo: Escrituras, 2002.

ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2001.

ROSS, J. L. S. O relevo brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Departamento de Geografia da USP. n. 6, USP/FFLCH, 1995.

SILVA,C. (ED.) Geodiversidade do Brasil: conhecer o passado, para entender o presente e prever o futuro / editor: Cassio Roberto da Silva.

SUGUIO, K. e SUZUKI, U. A evolução geológica da terra e a fragilidade da vida. São Paulo: Edgard Blucher, 2003.

TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a Terra. Oficina de Textos. São Paulo: Cia Editora Nacional, 2003.

FONTES ELETRÔNICAS
http://3.bp.blogspot.com/-Fvs8aGfgqvQ/UZjpasOLXWI/AAAAAAAAAEE/hmQ0BhElk5Y/s1600/geodiversidade_.png
http://www.guararema.sp.gov.br/arquivo/thumb/noticias/fbb14839e0fc06cf937a_770x440_0_0.jpg
http://astro.if.ufrgs.br/planetas/planetas.htm
http://www.cienciaviva.pt/divulgacao/terra/logotipo.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=y-0u0uN7OPI&t=123s
https://www.youtube.com/watch?v=_NZtrbjl55A
https://www.youtube.com/watch?v=E5aQFWC5B5k&t=131s
https://www.youtube.com/watch?v=gU1wjTlujAs&t=187s
https://www.youtube.com/watch?v=C4RCPcdytoI&t=3s
https://www.youtube.com/watch?v=PzlijMwuzTw&t=12s
http://www.youtube.com/watch?v=KSr8tKtLF1g
http://www.youtube.com/watch?v=Gix1N1rW84k
http://www.youtube.com/watch?v=ROy_yUUYqdg
https://www.youtube.com/watch?v=JJSkPXTWcv8

    GEODIVERSIDADE E ORIGEM DA TERRA

 

O conceito de geodiversidade é relativamente novo. Sua utilização se inicia a partir dos anos de 1990, consolidando-se ao longo dos últimos anos dessa década.

 

Na literatura internacional, a geodiversidade tem sido aplicada com maior ênfase aos estudos de geoconservação. Nesse sentido, destacam-se os estudos destinados à preservação do patrimônio natural, tais como monumentos geológicos, paisagens naturais, sítios paleontológicos etc.

 

Eberhard (1997) introduz o conceito de geodiversidade com esse viés, definindo-o como “a diversidade natural entre aspectos geológicos, do relevo e dos solos”. Cada cenário da diversidade natural (ou paisagem natural) estaria em constante dinâmica por meio da atuação de processos de natureza geológica, biológica, hidrológica e atmosférica.

 

Gray (2004) concebe uma definição bastante similar; todavia, estende sua aplicação aos estudos de planejamento territorial, ainda que com ênfase destinada à geoconservação. Stanley (2001) já apresenta uma concepção mais ampla para o termo “geodiversidade”, em que as paisagens naturais, entendidas como a variedade de ambientes e processos geológicos, estariam relacionadas a seu povo e a sua cultura.

 

Desse modo, o autor estabelece uma interação entre a diversidade natural dos terrenos (compreendida como uma combinação de rochas, minerais, relevo e solos) e a sociedade, em uma aproximação com o clássico conceito lablacheano de “gênero de vida” (SILVA et al, 2008:12).

Rochas

“Por definição, as rochas são produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais. Diferente dos sedimentos, por exemplo areia de praia (um conjunto de minerais soltos), as rochas têm os seus cristais ou grãos constituintes muito bem unidos” (TEIXEIRA et al, 2000:37).

 

As rochas diferem entre si em muitos aspectos. Não apenas em relação à origem e aos minerais constituintes, mas também em relação, por exemplo, à estrutura e à textura. Elas apresentam diferentes colorações e formatos, mas todas as rochas, como consta nas definições anteriores, são muito consolidadas e ocorrem de forma natural.

 

De acordo com a gênese, há três tipos de rocha: as ígneas ou magmáticas, as metamórficas e as sedimentares.

Estrutura interna da Terra

Didaticamente, é comum que professores utilizem a figura de um ovo para fazer comparações com a divisão interna da Terra. Com as devidas correções, simplifica-se a explicação da seguinte forma: a casca do ovo corresponde à crosta (litosfera), o material viscoso da clara corresponde ao manto, e a gema, mais consistente e rígida, corresponde ao núcleo, como consta no livro Geografia do Brasil (ROSS, 2001).

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